Dicas para cuidar de um gato filhote

A vinda de um gatinho novo na casa é sempre motivo de alegria. No entanto, ela vem acompanhada de cuidados necessários a serem tomados.

Seja a cautela à própria saúde do bichinho, seja maior atenção à casa, tais prudências serão essenciais para que a adaptação do pet ocorra de maneira mais rápida e sem estresse.

A adoção de um gatinho pode ser uma experiência maravilhosa para a família, desde que se atente para esses cuidados. Filhotes felinos são brincalhões, mas como qualquer filhote são mais frágeis.

Continue lendo para saber dicas de como cuidar bem de seu gatinho para que ele cresça de maneira saudável e feliz.

  1. Esperar até dois meses

Bichinhos são fofos, e quando bebês ainda mais encantadores. No entanto, é importante ter calma na hora de adotar. A hora certa de recebê-lo, é somente após dois meses.

Aguardar esse tempo é fundamental, para que o gatinho passe um tempo ao lado de sua mãe e seus irmãos, aprendendo a conviver em harmonia com outros seres e a se identificar com a espécie. A amamentação também é crucial para que o gatinho desenvolva imunidade e receba os anticorpos pelo leite.

Portanto, espere esse tempo, mesmo que você queira muito levá-lo para casa. Sabemos, porém que esse é apenas um cenário ideal. Infelizmente muitos gatinhos são comercializados ou abandonados indevidamente, não sendo sempre possível mantê-lo junto da mãe.

De todo modo, sempre fique atento para checar se o filhote não tem nenhuma doença a ser tratada com urgência. Nessa fase de fragilidade, todo cuidado é pouco!

  1. Consulte um médico veterinário

Antes de levar o filhote para sua casa leve-o a um veterinário. Assim você saberá a idade do gatinho e as orientações de saúde, como vacinas e vermifugação.

As vacinas iniciais principais são: vacina múltipla que previne uma gama de doenças comuns e deve ser aplicada a partir de 60 dias de vida e a vacina antirrábica que, como o nome já diz, previne a temida raiva, doença fatal e deve ser aplicada a partir do 5º mês.

É mandatório realizar também o teste de FIV e FeLV, uma doença potencialmente fatal e altamente transmissível. Ela aflige grande parcela de gatos e é a que mais mata felinos no Brasil.

Quando chegar em casa, procure não colocar o gatinho em contato direto e de primeira com os demais gatos, se tiver. Gatinhos, sobretudo os de origem desconhecida, podem ter doenças infecciosas e comprometer seus gatos mais velhos.

  1. Castre seu felino

A castração também é recomendável atualmente. Ela reduz diversos riscos à saúde como câncer e infecções.

É claro que a castração não precisa ser realizada na primeira visita ao veterinário, mas programá-la é aconselhável. Ela já pode ser realizada a partir de 6 meses.

Acresce-se que quando o gato ou gata são castrados ainda novos, eles não criam o hábito de demarcar território, os machos não costumam disputar fêmeas e não fogem para cruzar. As fêmeas não ficam grávidas e não realizam intensos miados quando no cio.

  1. Cuide do ambiente

Nas três primeiras semanas, filhotes de gato não conseguem regular a temperatura sozinhos. Nesse caso, as mães são responsáveis por mantê-los aquecidos.

Caso o felino esteja separado da mãe, crie artificialmente esse ambiente. Faça um “ninho” com caixas de papelão, mantas, jornais e toalhas limpas. O lugar deve estar entre 20ºC a 22ºC, limpo e tranquilo.

Um ambiente quentinho e seguro, em que ele possa dormir, auxiliam no seu processo de adaptação à nova casa.

  1. “Gatifique” sua casa

Na mesma linha de cuidar do ambiente, é interessante tornar sua casa atraente e adequada ao bem-estar de seu felino.

Um ambiente agradável faz com que o gato, mesmo sem acesso à rua, fique feliz. Dê alternativas de atividade e deslocamento para o pet, de maneira que se assemelhe ao que ele encontraria na natureza. Abrigos, esconderijos, lugares para escalar e arranhar, prateleiras com diferentes alturas são formas de manter seu gato ativo, mesmo dentro de casa.

Ajustes criativos fazem com que o felino se aventure pelo território. Arranhadores são ótimos, inclusive para evitar a destruição de demais móveis. Tocas aconchegantes também são uma ótima pedida. Filhotes felinos são desconfiados e demoram para ganhar intimidade e segurança. Com vários esconderijos espalhados pelo lar, eles podem se acomodar e melhor se adaptar.

Não se preocupe com relação à altura, pelo contrário instale aparatos em diferentes alturas. Eles possuem a tendência natural de se abrigar no alto. Fique tranquilo com relação às quedas, eles caem de pé.

  1. Higienização

Geralmente são as gatas mães que lambem seus filhotes para sua limpeza. Se o gatinho não puder ficar com a mãe nos primeiros 45 dias, é de sua responsabilidade cuidar dessa parte.

Com um pano úmido em água morna, passe suavemente sobre a pele do bichinho. Conforme o pelo cresce, já não é mais necessário esse procedimento, pois os felinos passam a usar a caixa de areia ou eles próprios tomam seu banho.

Consulte um veterinário para saber o período ideal de transição.

  1. Disponha-se de acessórios

Há itens que facilitam muito nos cuidados de seu gato e que auxiliam em sua adaptação.

Dentre eles está a caixa de areia. Gatos se sentem desconfortáveis em fazer suas necessidades fora da areia. Esse item é essencial para a limpeza de sua casa e para o bem-estar de seu bichinho.

Gatos podem ficar dias sem urinar e defecar, acarretando uma série de problemas á saúde. Por isso é importante manter a caixa sempre limpa, para que o gato possa sempre utilizá-la.. Tenha também uma caixa extra como garantia.

Comedouros e bebedouros também são necessários. Isso porque a oferta de comida garantida, cria uma rotina para seu felino e ele fica menos inseguro.

Incentivar o felino a tomar água é requisito para sua hidratação. Uma fonte de água que aproxime a sensação oferecida de rios, incentiva o gato a se hidratar mais vezes. Distribua recipientes cheios por toda a casa e renove a água com frequência. Evite colocar potes de água próximos ao de alimentos, pois o cheiro da ração faz com que o gato pense que a água não esteja adequada para beber.

Casinhas e caminhas são ótimas para que o gato se sinta protegido e seguro.

Brinquedos são essenciais, pois gatinhos possuem muita energia. Isso nos leva à seguinte dica.

  1. Brinque com seu filhote felino

Os primeiros anos de vida de um felino são de muita energia e vontade de brincar. Aproveite essa fase de alegria para criar vínculo e criar memórias na vida do bichinho e inclusive, na vida do tutor.

Brinquedos podem servir muito, mas não é preciso algo muito elaborado ou caro. Qualquer caixa de papelão ou simples bolinha já é motivo para muita animação. Certifique-se apenas de que o brinquedo não possua nenhuma peça pequena solta, que possa ser engolida ou machucar.

Arranhadores também são bons para aflorar seus instintos e assim colocar suas garras para fora de maneira saudável e inofensiva.

Em resumo, o tutor precisa reservar um tempo para dar carinho ou brincar com seu gatinho. Essa é uma forma de se fortalecer a relação e o gato se sentir mais seguro.

  1. Não deixe o filhote sozinho

Apesar do gato ter fama de independente, se você leu até aqui, percebeu que o filhote de gato não é nada independente. Logo, procure não o deixar sozinho nos primeiros anos de vida.

A socialização de seu filhote é importante para que ele se habitue a diversas situações. Gatos até três meses de idade absorvem tudo mais facilmente. Sendo assim, tente criar o máximo de vínculo e boas memórias nesse período.

Acostume ele com outros pets, com barulhos, com visitas e com o toque humano. Caso for viajar ou se ausentar por um bom tempo, deixe-o com alguém de confiança. Criar vínculo e socializar são essenciais para a interação dele não só com o dono, mas também para o bom manuseio de outras pessoas e até mesmo do veterinário.

  1. Cuide da alimentação

Até dois meses o gatinho deve se amamentar com o leite materno. Caso não isso não for possível, busque leites específicos para pets. Não dê leite de vaca. Ele pode causar desarranjos intestinais e vômitos.

Após três semanas pode ser introduzida ração super premium com quantidades de nutrientes exatas para o crescimento do filhote. Essa nutrição de qualidade garantirá que o pet chegue na fase adulta com saúde invejável.

O comedouro pode ser mantido cheio. Assim, o pet se sente mais seguro e confiante com seu território. Além disso, gatos costumam ser possessivos com suas liteiras, portanto é sempre bom ter mais de uma para cada gato que você possui.

  1. Não dê acesso à rua

Por último e não menos importante, restrinja o espaço de acesso do seu filhote felino.

Oferecer ou não o acesso à rua a gatos adultos é uma questão a ser discutida e relativa. Há quem defenda sua livre circulação e há quem opte por maior controle e cuidado.

Mas no caso do gato filhote, a restrição é importante, pois como qualquer bebê, ele não tem noção dos perigos do ambiente e precisa de maior zelo. Além disso, sua estrutura corporal, ainda em desenvolvimento, é frágil e precisa de maior proteção.

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