Junto com a alegria da chegada de cãezinhos na casa, vem a dúvida: quando aplicar as vacinas para cachorros filhotes?
Afinal de contas, a preocupação com o bem-estar do filhotinho aparentemente frágil e indefeso faz todo o sentido. E a vacinação faz parte do conjunto de cuidados ao filhote para garantir seu crescimento saudável.
Estar 100% livre de quaisquer reações adversas é difícil. Desenvolver algum tipo de problema, mesmo que pequeno, é inevitável. Mas muitas das doenças que podem acometer seu cãozinho podem ser precavidas com a vacinação.
A medicina veterinária preventiva e suas vacinas devem ser acionadas já nos primeiros meses de vida do cachorrinho. Inclusive, muitas delas devem ser reforçadas em intervalos de tempo.
Quando filhote, o sistema imunológico do cãozinho ainda está se desenvolvendo, e ele está mais sujeito a doenças. Assim, as vacinas para cachorros filhotes são ainda mais importantes e não devem ser negligenciadas.
Quando deve-se aplicar as vacinas para cachorros filhotes?
A vacinação para cães não possui uma data formalizada, mas é aconselhável que ela seja feita por volta de 45 dias de idade.
Isso porque é nessa fase que ocorre o desmame e o filhotinho deixa de receber anticorpos da mãe. Para compensar isso, a vacinação estimula o bichinho a produzir seus próprios anticorpos, evitando a infecção com agentes patógenos.
Mas atenção! Antes de vacinar, é importante certificar se o cãozinho não está doente e fragilizado.
Quais são as vacinas para cachorros filhotes?
Nesse período, o cãozinho precisa tomar uma série de vacinas. Por isso, é importante anotar para não esquecer de nenhuma!
1. Vacinas polivalentes: V8 e V10
Dentre as principais vacinas para cachorros filhotes, estão as polivalentes V8 e V10. Elas são aplicadas quando o filhote tem de 6 a 8 semanas de vida e reaplicadas em 3 doses com intervalos de 2 a 4 semanas. Ou seja, até por volta da 16ª semana de vida. Após isso, ela precisa ser aplicada anualmente.
Elas protegem o animalzinho contra diversas doenças bacterianas e virais, como:
- Cinomose: doença viral altamente infecciosa que acomete o sistema nervoso com sintomas desde diarreia e apatia até problemas mais graves como paralisias e convulsões.
- Parvovirose: doença também perigosa que pode se manifestar no sistema gastrintestinal com diarreia com sangue ou no coração com insuficiência e morte súbita.
- Hepatite infecciosa canina: doença grave que compromete o fígado causando lesões, transmitida por secreções de outros cães doentes.
- Adenovirose: vírus que acomete o sistema respiratório com gripe que pode evoluir para pneumonia.
- Leptospirose: doença difícil de ser identificada por possuir sintomas comuns com outras doenças. Transmitida por secreções, causa vômitos, diarreias, hemorragias, insuficiência respiratória, renal e hepática.
2. Vacina antirrábica
A vacina antirrábica também é obrigatória, pois protege o cão do vírus fatal da raiva. Além disso, a raiva é uma doença zoonose e que pode ser transmitida para humanos. Ou seja, a vacina é importante para a proteção não só do cãozinho, mas também da família tutora.
Como medida de saúde pública, a vacina deve ser aplicada no cãozinho a partir das 12 semanas de idade com reforço anual ou, no caso das áreas com maior incidência da doença, o intervalo pode ser até de 6 meses.
3. Outras vacinas
O médico veterinário também pode recomendar outras vacinas, principalmente se o cãozinho convive com demais cães em espaços fechados ou se mora em regiões litorâneas. Dentre as vacinas adicionais, estão as contra a gripe canina, leishmaniose e giárdia.
A vacina contra a gripe canina pode ser aplicada a partir de 8 semanas de vida em 2 doses iniciais de 2 a 4 semanas e com dose anual de reforço. Ela evita que o filhote fique com tosse, secreções nasais, espirros, falta de apetite e vômitos.
A vacina contra Giárdia evita a zoonose parasitária que o cãozinho pode adquirir através de água e alimentos contaminados. Dentre os sintomas dessa doença estão apatia e diarreia. Ela pode ser aplicada a partir da 8ª semana em 2 doses iniciais de 2 a 4 semanas e com reforço anual.
Já a vacina contra Leishmaniose é feita a partir de 4 meses com 4 doses iniciais em intervalos de 21 dias e 1 dose de reforço anual. A leishmaniose é também uma zoonose e com maior incidência em áreas litorâneas. É necessário portanto maior cobertura dessa vacina nessas áreas.
No caso da vacina contra a Giárdia e Leishmaniose, é importante a confirmação do animal estar sadio antes da aplicação. Isso é feito através de exame de fezes para Giárdia e sorologia para Leishmaniose.
E então, agora está por dentro de todo o calendário vacinal para cãezinhos filhotes?