Muito se engana quem acha que a depressão acomete somente seres humanos. Animais, principalmente cães e gatos, também podem ser afetados por essa doença.
Sabemos que ter animais de estimação em casa é sinônimo de muita alegria. Só que quando a depressão em cães e gatos aparece, a situação se transforma.
Mas nem tudo está perdido.
Ao longo deste artigo, saiba como identificar sinais de depressão e cuidar do seu pet.
O que pode causar a depressão em cães e gatos?
O transtorno depressivo pode afetar seu bichinho por diferentes motivos. Cada animal responde de maneira distinta a seus diversos estímulos, independentemente da espécie, raça e sexo.
Entre tantos eventos traumáticos, podemos destacar abandono, mudança súbita de ambiente ou rotina, solidão, fome, frio, sede e por aí vai.
Quer um exemplo de mudança súbita? Imagine dois cachorrinhos convivendo por muito tempo em uma casa. Eles estabelecem um relacionamento. Quando um deles morre, o outro pode apresentar sinais de depressão.
Inversamente, a introdução de um novo animal no ambiente pode provocar uma reação negativa em pets mais velhos acostumados a pouco contato com outros animais.
Cães únicos também sofrem quando a estrutura domiciliar muda repentinamente. Aqui, estamos falando de separações, saída de casa dos filhos e demissão de algum funcionário
Apesar de os cachorrinhos terem maior propensão a desenvolver a doença, gatos também podem ser afetados.
Mesmo tendendo a ser mais independentes, felinos podem apresentar sinais clínicos semelhantes ao cão.
Para os gatos, os principais motivos são mudanças na rotina ou a ausência de alguém a quem ele seja muito apegado. Além disso, eles podem sofrer com ruídos de reformas.
Quais são os sinais da depressão em cães e gatos?
Não é muito fácil perceber os sinais da doença. Como já mencionado, eles são variáveis e individuais.
Mas podemos seguir algumas pistas.
Quando o animalzinho passa a defecar e urinar em locais diferentes dos usuais ou a destruir objetos com frequência, é preciso acender um sinal de alerta.
O mesmo acontece quando o pet procura se isolar a ponto de rejeitar carinhos de seus donos e ser intolerante a qualquer contato físico.
Os sinais podem até ser mais graves ainda: reações agressivas, anorexia, apatia, vômitos, diarreia, podendo levar o animal a uma afecção mais severa decorrente das complicações.
Por fim, não custa reforçar que o diagnóstico prévio da depressão é muito importante. Antes de medicar o animal, é preciso ter certeza que ele não tenha outra doença de base.
É relevante não confundir, por exemplo, a depressão com a Síndrome da Ansiedade de Separação – conhecida como SAS. Os sintomas são semelhantes, mas, no caso da depressão, a falta de apetite piora ao longo do tempo.
O que fazer quando aparece a depressão em cães e gatos?
Ao perceber os sinais, o melhor é levar seu bichinho a um clínico-geral de sua confiança para examiná-lo. Se o problema for psicológico, é recomendável encaminhá-lo a um neurologista com experiência comportamental.
É importante frisar que, em caso de qualquer sintoma ou mudança física ou habitual do pet, é recomendado uma imediata consulta no veterinário. Isso porque muitos desses sintomas estão relacionados com doenças mais graves que exigem rápido tratamento.
Logo, é importante que o animal esteja com as vacinas em dia e com visitas regulares ao veterinário.
No caso de o animal ser diagnosticado com depressão, deve-se corrigir os fatores que levaram o pet a desenvolver o quadro – solidão, espaços pequenos, agressão, ausência do dono ou de água e ração.
Tratamento e prevenção
O tratamento varia para cada caso. Pode-se recorrer desde fitoterapia, florais de Bach, homeopatia até a medicamentos alopáticos.
Mas, como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar, não é mesmo? Isso inclui estabelecer determinados cuidados.
É bom manter uma rotina de brincadeiras e passeios. O dono deve evitar deixar o bichinho sozinho por muito tempo. Em caso de viagem, é importante deixá-lo com alguém que o cãozinho ou gato esteja habituado.
Antes mesmo de pensar em ter um animal de estimação, deve-se levar em conta a sua rotina. Se você trabalha e fica o dia inteiro fora, o animal deve ficar sozinho o dia todo. Nesse caso, gatos adaptam-se melhor a essas condições.
No caso de mudanças de ambiente, o indicado é levar o animal para reconhecer e se habituar ao local antes. Mudanças podem causar ansiedade e desconforto ao animal que já estava ambientado ao local que vivia. Deve-se, portanto, manter uma regularidade com os mesmos horários de passeio, mesmas brincadeiras e afeto redobrado para evitar o estranhamento do seu bichinho com o novo espaço.
Bom-senso também é bom. O ambiente em que o animal vive deve ser arejado, iluminado e protegido da chuva, além de limpo diariamente.
Por fim, deve-se realizar passeios frequentes com seu pet. Isso é ótimo para sua distração, exercício e bem-estar.